quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A contadora de histórias – por Carlos Eduardo Esmeraldo

Ela era uma criatura muito querida e inapagável na minha memória! Chamava-se Maria Antônia, enviuvara ainda jovem e, talvez para compensar a solidão, tornara-se contadora de muitas histórias interessantes. Histórias de príncipes e princesas encantados em sapos, lobos ou serpentes, que sempre ao final de alguma contenda, ou num passe de mágica, eram reconduzidos à sua condição humana. Aliás, sobre-humana, pois eram aclamados reis e viviam eternamente. Todos os anos, ela vinha ao Pau-Seco para preparar as refeições dos trabalhadores do engenho. Na primeira metade do ano ela morava no sertão pernambucano, numa terra estorricada de uma região perdida entre Morelândia e Serrita.

Eu admirava o trabalho daquela criatura tão disposta, pois com presumíveis cinqüenta anos de idade, ela era possuidora de uma notável resistência, tão comum ao nosso sertanejo. Agüentava com muita firmeza o repuxo de uma cozinha tão movimentada. Mais de 40 trabalhadores para o café da manhã, merenda, almoço e jantar. Jornada de trabalho que se iniciava ao nascer do sol e somente era concluída lá pelas sete horas da noite. Bem antes dessa hora, já estávamos todos na cozinha esperando ansiosos que ela terminasse seu trabalho para ouvirmos suas histórias tão bonitas. Nas noites de lua cheia sentávamos na calçada recebendo a brisa suave que vinha do canavial e o odor do vinhoto lembrando o final de mais um dia de moagem. O cheiro do mel impregnava o ar e a nossa pele ficava imperceptivelmente pegajosa. As histórias pareciam não ter fim. Sempre adormecia ouvindo as epopéias imaginárias de sua narrativa e outras tantas reais de pessoas da sua terra pernambucana e de outros lugares.

Mas a principal história ela jamais contou. Soube dela há poucos dias, revelada por uma das minhas irmãs. A história da morte do marido.
Alguns anos antes, ela ainda jovem residira no Sítio Cobras, entre o Pau-Seco e a Lagoa Encantada no município do Crato. Numa ensolarada manhã, amamentava a filha mais nova, quando ouviu vozes alteradas no terreiro da casa e um grito lacerante de dor. Correu para verificar o que havia ocorrido. O marido que, se aquecia ao sol matutino, acabara de ser apunhalado pelas costas por um antigo inimigo. A sua reação foi imediata: sem se preocupar com o marido já praticamente morto, apanhou uma mão de pilão e correu atrás do assassino que caminhava logo à frente, segurando o punhal ensangüentado. Deu uma única e forte pancada na parte posterior da cabeça, tal qual ela fazia para abater bodes, porcos e carneiros. Uma pancada tão certeira, fora suficiente para vingar a morte do marido. No dia seguinte, dois defuntos colocados em redes diferentes eram carregados nos ombros de uma grande multidão em direção ao Crato. Soube que ela não foi presa. O caso fora considerado legítima defesa. Ou será que já existia a figura jurídica da violenta emoção?

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

sábado, 22 de janeiro de 2011

CAMPEONATO REGIONAL

Com muita energia e animação, o time do Crato participa mais uma vez do campeonato regional de futebol cearense.

Por isso, enaltecemos, principalmente, o mais humilde torcedor, estimulando-o para que acompanhe a prática esportiva com muita popularidade nessa área, torcendo para que o time saia vitorioso, conquistando com louvor, às vezes enfrentando dificuldades, atacando de frente as provocações provenientes das torcidas adversárias, que estão propensas a cometer as maldades que sempre vêm atormentar o espírito do cidadão correto.

Por essa razão, temos de adquirir alegria com esforço e desejo de encontrar meios para poder alcançar o nosso objetivo.

Ficamos um pouco desconfiados e ao mesmo tempo, preocupados quando observamos a falta de interesse de alguns cratenses em não querer contribuir com um pouco de acréscimo na conta de água da SAAEC, que serviria de ajuda na formação estrutural do time cratense para sobressair-me na prática do futebol.

Se formarmos um bloco unido e com força de vontade dedicando à equipe, formaríamos um grupo de estrutura sólida, adquirindo grandes jogadores dedicados, conquistando práticas e desempenhando uma formação de equipe que jamais seria esquecida na história futebolística do Crato.

Após a realização de algumas mudanças estruturais na equipe, com certeza o nosso esporte favorito das multidões, ganharia novos métodos, tornando-se uma equipe compacta; sairíamos do campo com muita alegria, vibrando, após comemorar os grandes lances que nos deixaram embevecidos com as jogadas espetaculares, na hora do impulso técnico, deixando todos envaidecidos, vibrantes pelo bom desempenho do time.

Por outro lado, a formação da equipe deve ser mobilizada pelo seu treinador, tendo cuidado de escalar o time no momento exato, e cada um deles ser colocado no lugar certo. Lembramos a esse pessoal que, para o time sobreviver, em qualquer ocasião, é necessário organizá-lo com cautela, elevando os seus bens patrimoniais para que, no futuro, o time tenha respaldo para que possa continuar por vários anos e jamais seja subestimado pelos adversários inimigos e que não visem degradar o seu patrimônio adquirido com o esforço do seu trabalho.

Pedimos também que façam imposição, não entreguem os pontos facilmente, mas lutem unidos, que temos certeza, futuramente, seremos reconhecidos como favoritos pela crônica esportiva regional. Nesse caso, o time deve ser estimulado, fiscalizado e amparado quando for preciso.

Acontece, porém, que o povo tem de evitar o descaso administrativo no time-empresa, criando infra-estrutura, resguardando “a rigor” o patrimônio do time, estimulando-o a exercer os direitos às várias modalidades esportivas como: vôlei, basquetebol, futebol, etc.

Acrescentamos dizer que é preciso apoio das torcidas amantes a fim de estimular a juventude com formação moral e com intuito de apreciar as artes esportivas, enquadrando-a na sua parte filosófica que trata dos costumes e desejos de homens. Também temos o pensamento da formação moral, mas deve ser com lutas e adquirindo mais objetividade, comportamento digno, que são saúde e força para reparar as consequências negativas que poderão surgir.

Por fim, rogamos ao céu, pedindo força, coragem para que com elegância mostremos que também merecemos um lugar ao sol, confirmamos, o sol nasce para todos.

Se tivermos coragem, organização, “muita raça”, certamente o Crato irá para frente com êxito, conquistaremos um lugar especial, igualando às demais equipes por mais influentes que sejam.

O PODER DO OTIMISMO


Refletimos constantemente sobre a situação do Crato, já que não acompanha o progresso acelerado, semelhante a outro município.

Com certeza, ficamos alheios sem esperança, sem vibrações, fugindo do destempero melancólico, porque não temos aptidões compatíveis para exercer a profissão política.

Esperamos que um dia apareça um homem que satisfaça os desejos do povo, utilizando trabalho com arrojo e lutas, com mão de ferro e persistência a fim de corresponder a confiança do povo que lhe deu apoio eleitoral. Ao mesmo tempo, desejamos que esse digno povo volte a recuperar e acreditar em alguns políticos, (aqueles que não têm acordo escuso), com terceiros e venha provar com desafio que somos capazes de praticar mudanças “políticas” e de que há muito tempo o povo deseja.

Nos dias atuais, o cratense anda desestimulado de alguns políticos e por isso espera palmilhar num caminho reto e que haja pessoas interessadas em assumir o comando e que produzam trabalho de qualidade inerente ao bom desempenho de pessoas dignas e capacitadas para exercer qualquer trabalho de cargo eletivo.

Aqui, há uma série deles que se dizem políticos, mas só pensam neles mesmos e não são políticos, são uns aventureiros que querem aparecer e seu objetivo é transformar a prefeitura num antro do Crato. Só marcham para o lado errado e andam de marcha a ré.

Por esse motivo, o povo tolerante e sem saber dirigir-se, permanece incoerente com alguns desses políticos, e não comunga com eles (os políticos), diante desse quadro de desavença política e social, mas apesar desse descaso, esse povo não procura afastar-se desses homens hostis e entregam os pontos facilmente, impedindo a cidade de avançar e acelerar no caminho certo do desenvolvimento equilibrado.

Se houvesse orientação, poderíamos seguir outros patamares, subindo em escadas menores que viriam a produzir forças para reagir. Com pensamento elevado, daremos conhecimento a todas as pessoas que amam o Crato, mostrando aos empresários que há lugar para instalar aqui as suas firmas e com certeza serão bem sucedidas.

Por isso, não admitimos ouvir essa idéia estapafúrdia e respondemos: pode vir naturalmente, mas com muito esforço e lutas. Devemos evitar o comodismo, esboçando movimento, ouvindo opiniões diversas, dizendo que o progresso se obtém com trabalho, investimento planejado, transformando tudo isto em um conjunto de forças de caráter político, enquadrando a cidade no poder de equilíbrio, educando o povo a enquadrar-se com novos métodos de serviços.

Também afirmamos; aqui tem uma imprensa fraca, dependente, sem suporte de sobrevivência. Busca apoio financeiro entregando os pontos, conservando-se ao seu dispor em todas as ocasiões necessárias, ficando cabisbaixo, esperando as ordens sempre atrelado do seu poder em todos os momentos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

AGRADEÇO A ARMANDO RAFAEL

Por Pedro Esmeraldo


Armando, precisei de você por vários meses quando necessitava do seu apoio a fim de colocar minhas crônicas no blog do Crato. Não tenho palavras para expressar meus agradecimentos, mas mesmo assim, apetece ser-lhe grato pelo apoio recebido, ansiando em continuar ao seu lado, lutando pela terrinha, quando for necessário.
Fiquei magoado pelas grosserias de alguém, vez que me atingiu em cheio, deixando-me acabrunhado espiritualmente, Não posso esquecer esses gestos rudes acometidos por pessoas inconvenientes que fizeram em minha mente grande mancha, visto que esses algozes têm por objetivo macular a minha consciência.
Só anseio ardentemente lutar junto a todas as pessoas que tenham amor à cidade do Crato, ambicionando vê-la crescer vertiginosamente, gerando empregos e renda, adquirindo vida própria sem ser submissa a nenhum outro município que fique ao seu redor.
Tenho o pensamento de que certos políticos não defendem bem o que é o regime democrático, que permanecem nos moldes dos tempos da ditadura militar, onde não se aceitava oposição e tinha como meta ofuscar as liberdades dos cidadãos que os acompanhavam com suas críticas construtivas às pessoas que permanciam no seu entorno.
Digo com sinceridade, o Crato perdeu espaço com a política desses administradores que não olham o Crato de amanhã; fogem do contorno ético-administrativo, pensando eles que o mundo lhes pertence. Pensam que tem o direito de governarem sozinhos, como lhes agrada, rodeados bajuladores, formando um bloco só, a que podemos denominar de tropa de choque. Têm o prazer de mandar o sarrafo nos seus adversários, pois esses políticos sádicos não aceitam tecnologia e andam navegando a toa nas águas pútridas do Rio Granjeiro.
Seus adversários não têm o direito de pronunciar nenhuma palavra e eles (os políticos) viram as costas para qualquer cidadão que queira investir no Crato.
Por isso, combato esses políticos sem parar, contemplando o porvir, fugindo da ociosidade, sem ambicionar recursos financeiros ou materiais, mas luto pelo crescimento da cidade.
A maioria desses políticos só tem ambição quando luta em causa própria. Não trabalham, não lutam e só têm interesse em contemplar seus algozes que lhe prestam serviços.
Ninguém mais suporta essa situação. Já está na hora de cessar com isso, é preciso acordar com mais empenho e desenvolver o Crato, tornando-o a grande metrópole de antigamente.
Afastem-se dessa tristeza imensa, dediquem-se aos problemas com mais esmero, vão em frente, sejam conscientes e empurrem o Crato para o caminho do crescimento.
Pelo amor de Deus, acabem com as briguinhas costumeiras, sigam em frente que com certeza o Crato de amanhã será grato pelo seu serviço.


Crato, 09/1/2011