sábado, 19 de março de 2011

CRATO: CIDADE DOS POLÍTICOS QUE PERMANECEM NA CONTRA-MÃO

Por pedro Esmeraldo


 Nesses últimos dias lemos uma missiva animadora (Helder Macário), debatendo com muita ânsia os problemas agravantes do Crato.

Isso acontece há anos, desde os tempos dos trogloditas que sem ter condições de comandar os destinos da cidade, provocaram a acomodação do Crato, governando a cidade com enfado, perpetrando a sua queda, deixando que os infaustos acontecimentos prevalecessem ao longo dos anos e sem cessar no correr do tempo.

A nosso ver, assim interpretamos, mas não acreditamos que ocorra, que a cidade deve ser governada por pessoas cultas e que tenham amplos conhecimentos científicos, com boas maneiras para que saibam remar em águas profundas com dignidade, trabalho social e comportamento ilibado, o que pode ocorrer em fato contrário aos desígnios da população, já que observamos que uma cidade administrada por pessoas incultas, com toda certeza, trará desânimo entre seus habitantes.

Queremos afirmar e nós sabemos como falar, isto é, não sabemos que a maioria desses políticos são obtusos e semi-analfabetos. Não sabem onde possuem as ventas, por certo não trazem nenhuma melhora para a nossa cidade, já que sua população fica com o pensamento arruinado, sem esquecer as forças mentais, sem empregar os meios a fim de alcançar os objetivos que são: o equilíbrio de forças permanentes para modificar o quadro político desta cidade.

Por isso, ficamos atônitos, quando observamos uns políticos apáticos, alheios ao desenvolvimento da cidade, ficamos atônitos quando observamos o péssimo comportamento dos políticos, que no momento preciso, calam-se aos insultos provocatórios dos inimigos de nossa cidade, às vezes, batendo palmas ou pedindo clemência, meneando a cabeça com gestos afirmativos, entredizendo-se que Crato é o fim da linha e é por isso que só vem a sobra para nós.

Não senhores, não aceitamos de bom grado os seus argumentos. Todos tem de reagir, gritar com todas as forças de seus pulmões que Crato é a cabeça, é o princípio do nascimento de todas as cidades do Cariri. Neste caso, esta cidade tem de ser respeitada e elevada com objetivo de enquadrar-se aos grandes centros do país. Agora, relembrando o Crato tem de preservar a tradição dos homens passados que foram atuantes, vibradores e expansivos. Temos de afastar, em primeiro lugar, esses homens viciados de políticas, substituindo por pessoas de bem que queiram realmente trabalhar em benefício da cidade.

Infeliz é a cidade que tem o povo viciado e ignorante que açambarca o poder em torno de si mesmo, aceitando migalhas oferecidas pelos invasores que nos vem arrebatar o nosso patrimônio e que tem como objetivo colocar o Crato para escanteio e para o lado do desprezo, pois sem mais nem menos, esse digno povo cai na esparrela, enegrecida pelos seus algozes que tem como objetivo aquietar o povo a fim de força-lo a baixar a cabeça para não reagir aos insultos e ficam conversando lorotas na praça Siqueira Campos, pensando que apareça um líder de verdade para lhe dar luz que venha clarear com mais vigor o seu desejo.



Crato, 15/3/2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Carta a Pedro Esmeraldo – Por Helder Macário de Brito

Pedro, meu prezado amigo: Tenho lido muitos dos seus escritos e, em quase todos você deixa transparecer o seu grande amor pelo Crato. Neles você fala das riquezas e belezas do município, mas clama a todos, segui-lo no seu intento de resolver os inúmeros problemas que ele tem e deixa à mostra o seu desapontamento por nada poder fazer sozinho. Há uma razão muito forte para esse amor tão grande; é que o Crato inspira e merece amor por parte dos seus filhos autênticos e você é um deles. Aliás, o Crato, atualmente está precisando muito do amor e da atitude dos seus filhos de verdade.

Eu, que não nasci aqui, mas como se filho fosse do Crato, quero bem ao município, à cidade, ao povo e, exatamente como um dos seus filhos mais fervorosos, vejo o quanto ele está lento em sua caminhada e o quanto realmente está precisando de todos os seus filhos.

Como você, eu não gosto quando vejo o descaso pela cidade, pelo município, e quando vejo a cidade, como que esquecida, quando a vejo perder tanto do seu patrimônio, perder oportunidade, perder posições na corrida para o desenvolvimento em todas as áreas, entre as cidades da região, perdendo assim até força econômica, não gosto quando vejo a cidade, a cada dia perder força política, quando vejo a cidade deixar de ser socorrida de imediato, quando se abatem sobre ela, catástrofes como a de há pouco, quando vejo o povo ser enganando por promessas, demagogias ou migalhas, com pequenas obras que são construídas apenas próximas às eleições, justamente para enganá-lo, e não gosto quando vejo a cidade, o município e o povo, perderem a sua autonomia.

Fico triste quando penso em certos assuntos que a meu ver, são da maior importância, são o ponto chave para quase tudo de bom que nos poderia acontecer, mas que, infelizmente, nunca são tratados. São de fatos alguns, os tais assuntos, mas eu gostaria de referir ao principal, aquele que, só muito bem pensado, se a sociedade o encarasse com muita seriedade, iria, certamente, resolver muitos problemas que nos atinge e atrofiam, além de nos beneficiar com o que precisamos e merecemos. Falo do assunto que diz respeito à política.

Acompanho, guardando uma certa distancia, naturalmente, o que sempre acontece quando se aproximam as eleições. Percebo, logo de inicio, que tal assunto dado a sua importância, não deveria ser tratado apenas quando se aproximem as campanhas eleitorais, vejo que as pessoas mais ligadas ao assunto ficam aguardando providências de pessoas alheias ao município, como se não tivessem autonomia para tratá-lo, vejo as lideranças esfaceladas, engafinhando-se em lutas que só dificultam o entendimento e trazem a divisão das forças e fico triste quando vejo, às vezes, o povo sendo utilizado como massa de manobra.

O que acontece aqui à época das campanhas, eu acho até de certo modo, vergonhoso. Vemos muito dos nossos políticos em verdadeira peleja, cada um querendo mais exibir o seu potencial com a devida preocupação com o povo pensando mais nos seus próprios interesses, fazendo inclusive acordos com políticos de outros municípios, numa manifestação muito potente de descaso pelos nossos próprios valores, vejo a cada dia, nosso prestígio, perante as autoridades superiores se esvaindo, somos carentes de lideranças, poderíamos contar com forças poderosas a nível municipal estadual e federal, mas só desentendimento acontece, justo na época quando o entendimento deviria prevalecer.

Acho que por tudo que acontece, nós pagamos muito caro, pois o que resta, o que fica após o tudo que parece uma orgia, é, exatamente o que aí está à mostra, nós e o Crato entregues ao “deus dará”.

As nossas lideranças, os nossos partidos políticos, nossas entidades de classe, associações, clubes de serviços, sindicatos, câmaras de comercio, enfim a sociedade, todos deveriam atentara para isso, dar outro rumo a tudo que acontece porque, assim, no futuro, iríamos com certeza auferir vantagem com que há muito não contamos.

O Crato é considerado uma cidade culta, civilizada, mas será que a nossa cultura não nos permite entender que o prestigio de um povo depende muito da força política que ele tem? Será que a nossa cultura não nos faz entender que ao vermos nossos votos negociados, o comprador negociou, comprou, pagou, recebeu e por isso não terá mais nenhum compromisso conosco, e isso nos torna muito enfraquecidos e desprestigiados? Será que a nossa cultura não é suficiente para sabermos que precisamos votar em candidatos da terra ou absolutamente comprometidos com ela, para termos então, representantes legítimos e assim mais forças política? Será que a nossa cultura não nos mostra uma maneira de mudarmos este tão triste estado de coisas?

Eu acho imprescindível que mudanças aconteçam e, sem querer ser pretensioso, eu arriscaria a apontá-las, reunindo tudo na palavra união.

Seria necessário que, todos os envolvidos no processo se despojassem de todo e qualquer interesse, que não o de município e seu povo com interesse suprapartidário, se organizassem, se unissem, discutissem os problemas, escolhessem nomes de pessoas inidôneas competentes, vinculadas ao povo para submetidos às eleições, viesse ocupar os diversos cargos de vereador, prefeito, deputado estadual e federal. Assim, teríamos quem defendesse com firmeza e legitimidade os nossos interesses, certamente, viríamos resgatados os nossos valores e o nosso prestígio, resgatada a nossa condição de povo autônomo e assim, reconquistaríamos a nossa tão necessária força política.

Poderá até parecer visionária essa idéia, mas que outra nos levaria a mudar a situação em que nos encontramos atualmente? Acho que há esse caminho e caso não consigamos percorrê-lo, ficaremos marcando passo, vendo as “carruagens passando” rumo a lugares onde a sociedade organizou-se, uniu-se e está pronta, tanto com para defender-se de acontecimentos infaustos, como para receber cada vez, mais benefícios para o seu progresso e sempre mais, bem estar para seu povo.

Eu acho Pedro que devemos abrir mais os olhos, devemos fazer valer os nossos direitos, devemos unir nossas forças, cobrar dos políticos mais dignidade e respeito, exigir deles a união pelo Crato e deveremos, com muita consciência, muito cuidado, muito respeito, muita seriedade, muito amor à terra, exercer o nosso direito de votar com liberdade escolhendo nossos próprios candidatos, porque, só assim, eu acho, que nós conseguiremos mudar a nossa realidade.

Sei que você pensa como eu e, bom seria que muitos outros que usam jornais, blogs, meios de comunicação, também pensassem e levantassem juntos a mesma bandeira.

Quem sabe não se desencadearia um grande movimento em prol de tudo o que o Crato precisa para retomar o seu verdadeiro caminho?

Eu torcerei por isso.

Hélder Macário de Brito

Nota: Hélder Macário de Brito foi prefeito do município de Campos Sales e é irmão do ex-prefeito do Crato, Dr. Humberto Macário de Brito. Atualmente reside em Crato.

sábado, 12 de março de 2011

Uma Estrada Abandonada

Pedro Esmeraldo

Já corremos atrás muitas vezes, cansamos e afadigamo-nos com o intuito de solucionar os problemas do São José.

Há vários anos, lutamos com muito empenho, objetivando maior assistência àquele torrão, mas o que acontece? Os políticos dão ouvidos de mercador, nada fazem por aquela porção de terra que forma uma pequena parcela deste município. Sempre desprezado, desde épocas imemoriais. Estranhamos que essas autoridades, tão alvissareiras, esquecem de melhorar, com infraestrutura, construindo prédios que servirão de bases sustentatórias para ser transformado em futuro bairro elegante do Crato.

Queremos afirmar que isso nem é bom falar, porque não sabemos julgar e nem decidir qual a melhor maneira de interpreta o comportamento abstrato desses políticos cratenses, que permanecem sem saber para que lado seguir: se e favorável lutar em defesa da cidade ou se entregam os ponto facilmente, ou ainda, se permanecem apatetados, aceitando com passividade as conversas enganosas dos algozes detentores do mal daqueles que permanecem imbuídos nas palavras estranhas desse povo ambicioso que só deseja o progresso em torno de si.

De vez em quando, esses inimigos incondicionais do Crato aparecem por aqui, contando lorotas e de sã consciência, querem usurpar do Crato todo o patrimônio adquirido. Causam-nos desarmonia e vêm aqui a fim de buscar votos, com longa margem de prejuízo para ao desenvolvimento do Crato.

O seu comportamento é ardiloso e faz o Cratense entregar os pontos facilmente a esses inimigos rancorosos que nos absorvem o patrimônio com muita ferocidade. Por isso dizemos: não dêem ouvidos a esses beócios inimigos, não precisamos de apoio de pessoas maldosas que só vêm buscar o que temos de bom.

Agora voltemos à matéria de que retratava que foi o abandono da estrada, observando com profunda reflexão, notamos que essa estrada está desmoronando aos poucos, talvez seja por capricho de alguns políticos, já que ela é totalmente desprezada, entregue a sua própria sorte.

Com esse descaso, o povo fica estarrecido, sem saber o que fazer se a estrada permanece esquecida ou se vai ser acabada. Assim como foi acabada a Escolinha Maria Amélia Esmeraldo que,  por capricho do destino, o São José é o sítio desconsiderado do Crato.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Crato - unidade sem liderança – Por Pedro Esmeraldo

 (Dedicado à José Nilton Mariano Saraiva, a quem pedimos vir lutar conosco”)

Hoje, toda a população cratense, sente-se amargurada diante da notícia sombria do fechamento do escritório do SEBRAE em Crato.

Todos nós, os cratenses, não aceitaremos esse tamanho desrespeito, visto que Crato tem carregado nas costas o peso pesado, devido a falta de apoio das autoridades desta cidade que não se interessam em lutar pelo desenvolvimento dessa terra. Convém notar que as autoridades de Fortaleza não se interessam pelo Crato e despejam faísca elétrica negativa em direção à nossa terra. Tudo isso é para beneficiar a outra cidade que possui um comportamento invejoso e vem nos levar todos os nossos patrimônios adquiridos há anos.

Consideramos isso uma infâmia indecorosa, pois notamos que esse pessoal não interessa tomar decisões elevadas e querem, de qualquer maneira, açambarcar com o suor alheio, visto que se torna um crime de lesa pátria contra o patrimônio de outro município em querer possuir e usar comportamento injusto com a nossa cidade. Agora queremos afirmar que todos devem lutar com coragem, a fim de enfrentar com altivez e o suor do seu rosto, enfrentando o calor das montanhas tenebrosas que desabam em direção ao povo que vive do suor alheio, seguindo os caminhos tépidos sem prejudicar os outros municípios.

Por isso, admiramos o Crato: é lutador, vive sem esnobismo, é manso e inofensivo, pratica sempre o bem e permanece na luta contra a desigualdade social e territorial.

O que nos leva é a falta de luta e coragem dos políticos cratenses que vêm com desculpas esfarrapadas, dizendo que não lutam porque essa ação é puramente particular e conseqüentemente não podem penetrar em outras áreas, a não ser públicas.

Ficamos tristes pelo pensamento desses homens que vivem entregues aos moles cimentos e não lutam em favor do Crato, vivem com seu gabinete abarrotado com pessoas bajulatórias encarapitadas com as autoridades, batendo palmas, dizendo amém, para que? Perguntamo-nos! Para vivermos totalmente no comodismo e esquecer que foram eleitos para defender o Crato das garras dos leões coroados que nos dão mordidas, abocanham o naco do melhor que tem o Crato. Não venham com desculpas dilaceradas dizendo que o Crato é o fim da linha e por isso nada vem para nós.

Não senhor, nós, cratenses, temos direito de gritar e cobrar, portanto, vamos á luta e não vamos calar ante a fragilidade de nossos políticas.

Por Pedro Esmeraldo. 
Crato, 04 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

Não Somos Saudosistas: por Pedro Esmeraldo

Na semana anterior, escrevíamos sobre os acontecimentos do Crato, em épocas passadas. Por essa razão alguém nos criticou como sendo pessoas saudosistas e não comungávamos com a realidade das ocorrências modernas.
   Observamos que há um engano, visto que apenas relatamos os costumes de épocas passadas e por isso relembramos a essas pessoas “modernistas” que o progresso segue uma sequência de tempo provenientes do passado, já que foi através do trabalho árduo que conseguimos chegar aonde chegamos, ou seja: um modernismo avançado com aplicações de forças mentais admiráveis que atingiu o ápice da glória e chegamos a usufruir essa maravilha nos tempos modernos.
   Pensamos bem, antes vamos observar o avanço tecnológico da ciência com a vinda de grandes descobrimentos científicos, principalmente na área médica. Daí vimos também outras descobertas, como: a descoberta da lei da gravitação universal (por Isaac Newton) que é a “força pela qual o corpos se atraem reciprocamente na razão inversa dos quadrados das distâncias”. Também aplaudimos outras descobertas, como: a cura da tuberculose; assim como a erradicação da varíola; o aparecimento dos satélites artificiais que culminou com a ida do homem a lua e mais que contribuiu com o avanço tecnológico que impulsionou o homem para o adiantamento científico e social.
   Agora indagamos: como estaria hoje “se não fosse as grandes descobertas do passado”, enfrentando esse “mundão” que, por falta de tecnologia e sem adaptabilidade do trabalho pragmático do mundo moderno? Vem, isto é coisa de todo mundo pensar, se devemos relembrar o passado, ou interrogar se devemos atingir uma tecnologia favorável do futuro sem estudar os mestres do passado.
   Infelizmente, nos julgamos as festas mas podemos admirar as pessoas destemidas e que possuem o dom natural de praticar qualquer arte maravilhosa pelo capricho de seu trabalho apurado.
   Quando ao Crato moderno, não temos condição de falar porque não somos técnicos paisagistas, mas recordamos as fraquezas dos cratenses que permitiram o surrupiar nas caladas da noite, sob as vistas dos nossos políticos que não esboçaram reação alguma, deixaram levar tudo de bom da cidade, permanecendo de braços cruzados com o intuito de deixar o Crato cair no esquecimento.
   Não possuímos tesouros, mas somos contemplados pela beleza do pé-de-serra, que nos deixam vislumbrados ao observarmos o declive das montanhas que correm em direção ao Crato e nós, os cratenses, não sabemos explorar a natureza com investimentos, em construções, estradas pavimentadas, escolas de alto valor que impulsionem para adequar-se a nova aprendizagem escolar.
    Ultimamente, temos vontade de gritar, com vozes bem altas, reclamando das autoridades da capital, solicitando que não desprezem o Crato, não mexam com o Crato, deixem o Crato em paz.
    Agora, estamos na hora de descruzar os braços e exigirmos mais empenho comparecendo ao Crato para verem de perto o quanto estamos sofrendo por falta de apóio dessas autoridades e por fim perguntamos ao incautos cratenses: o que é dos pára-quedistas que não pisam aqui.
                                                 Crato, 03 de março de 2011