quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

QUEBRA CABEÇA DO NORDESTINO

Pedro Esmeraldo
 
 
 
   O cidadão nordestino observa com ansiedade a natureza. De vez em quando, principalmente no final do ano, ou mesmo durante os meses de janeiro a março, vive com os olhos fixos no firmamento,examinando-o com minúcias o conjunto de seres que formam o universo. Apodera-se atentamente, observando se há algum sinal favorável que forma as ocorrências de chuva.
    Constantemente, no fim do ano, apresenta um olhar perspicaz que enche de alegria e, às vezes, de tristeza, quando o tempo lhe for favorável ou não. Há uma ação simultânea em seu pensamento duvidoso, tentando adivinhar se lhe aparece algum sinal que lhe traga alegria com chuvas para o ano seguinte.
    Para isto, costuma-se fazer pesquisas meteorológicas com o chamado projeto referente à natureza, que examina com atenção a posição dos astros que vêm refletir na sua inteligência miraculosa dependendo da situação, formando fantasia em cada rosto de homem agricultor nordestino. Isto vem provar a perspicacia da filosofia matuta, que muitas vezes acerta com naturalidade os acontecimentos pluviais e as ocorrências das chuvas abundantes.
    Crê-se que esses homens, de aspecto rude, baseados na adivinhação, hoje em dia, nos tempos modernos, tornam-se obsoletos provocados pelo nordestino fica difícil prever o comportamento da natureza, pois devido à mudança climática, não há mais aviso dos sinais meteorológicos e o homem tem que se contentar com serviços de meteorologia técnica que através de aparelhos vêm confirmando as previsões de chuvas ou de seca. Por esse motivo, é difícil o homem acertar o comportamento da natureza que não lhe dá mais aviso.
    A situação do nordestino é precária e áspera, visto que sempre se baseia na agricultura rudimentar, sem meios de possuir lucros para sua subsistência visto que permanece desde épocas imemoriais trabalhando para o atraso, sem consistência de possuir uma agricultura de qualidade que mal dá para servir e transpor o ano com mantimentos agrícolas que poderiam minorar o seu comportamento de pessoa levada de sobriedade e tenacidade no seu trabalho.
    É peciso mudar o comportamento do homem, mas só muda atavés da educação e da tecnologia. Há necessidade de criar escolas (e nunca fechá-las), estimulando o aluno para adquirir uma boa aprendizagem. Pedimos a todos que olham para o campo e portam-se com dignidade, que tragam luz a fim de abrir a mente  do nosso homem, estimulando-o para enfrentar o trabalho, evitando sair de suas raízes,que é a sua terra.


Crato, 9 de fevereiro de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário